Blefaroplastia

Blefaroplastia

(CIRURGIA PLÁSTICA DAS PÁLPEBRAS)

A cirurgia estética das pálpebras tem por objetivo remover os excessos de pele, bolsas de gordura e parte das rugas desta região que fazem o olhar apresentar um aspecto triste e cansado. É importante enfatizar que os “pés de galinha” são resultantes da ação muscular nesta região e que são somente suavizados pela cirurgia, pois não podemos bloquear definitivamente a movimentação destes músculos, então parte destas rugas permanecerá. A complementação deste procedimento com a toxina botulínica (Botox) muitas vezes é aconselhada para um resultado melhor.

 

QUANDO OPERAR

 

É uma cirurgia mais frequentemente indicada após os 30 (trinta) anos de idade, em função dos fenômenos de envelhecimento. No entanto, a presença de bolsas de gordura ou flacidez precoce das pálpebras ligadas a fatores genéticos, pode sugerir a cirurgia para os mais jovens. Devido à dinâmica funcional das pálpebras, efetivamente existe um maior envelhecimento deste segmento da face em relação ao restante do rosto e assim as pálpebras geralmente são as primeiras a manifestar os sinais da idade.

 

A blefaroplastia pode ser superior, inferior ou total, e a indicação vai depender da necessidade de cada caso. Muitas vezes o problema das pálpebras ocorre devido a fatores clínicos, não estando indicada qualquer cirurgia (olheiras, edemas, etc.). Outras vezes, os problemas clínicos estão associados ao cirúrgico e, mesmo que se opere devidamente as pálpebras, ainda assim persistirá um percentual do defeito original, decorrente do distúrbio clínico associado.Durante a primeira consulta, você estará diante do espelho apontando o que gostaria de melhorar e ponderando com seu cirurgião sobre os limites técnicos e as possibilidades que a cirurgia oferece.

 

CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS

 

Após conversar com seu médico e esclarecer todas as suas dúvidas, ele lhe indicará alguns exames de rotina que recomendamos sejam feitos cerca de 10 (dez) dias antes da cirurgia. Também uma avaliação clínico-cardiológica (risco cirúrgico) será solicitada. Em casos determinados podemos solicitar outros exames específicos que possam ajudar no esclarecimento diagnóstico, como por exemplo, uma avaliação oftalmológica. Lembre-se das recomendações gerais para as cirurgias, como:

 

Não usar, por 2 (duas) semanas antes, medicamentos à base de AAS, anticoagulantes, corticóides de uso prolongado ou medicamentos para emagrecer.

Abstinência do fumo por 30 (trinta) dias antes da operação;

Não usar cremes ou maquiagem faciais a partir da véspera da cirurgia; Jejum de acordo com a recomendação médica (08 (oito) horas antes da cirurgia);

Recomenda-se levar óculos escuros para o momento da alta hospitalar.

Comunicar ao seu médico qualquer anormalidade ou uso recente de medicamentos, alergias medicamentosas ou alimentares;

Guardar em casa objetos pessoais como jóias e bijuterias e alguma outra recomendação que venha a ser pertinente.

Acordar de jejum no dia da cirurgia, tomar banho completo e chegar ao Hospital 1 (uma) hora antes da cirurgia com acompanhante.

 

FUMO

 

Já referimos a real necessidade de suspender o hábito de fumar pelo menos 30 (trinta) dias antes da operação. É sabido que o fumo prejudica a circulação cutânea e dificulta a cicatrização, levando até mesmo a necrose (morte) de pele. Em casos de necessidade associa-se vitamina C e vasodilatadores antes da cirurgia. Isto será orientado pelo seu médico.

 

A CIRURGIA

 

A cirurgia é realizada em hospital ou clínica especializada, em caráter ambulatorial, ou seja, tendo sua alta prevista para o mesmo dia. A anestesia é preferencialmente local com sedação, podendo também ser geral a critério do anestesista e das particularidades de cada caso. Em ambas as circunstâncias haverá controle perfeito por um anestesista e toda a monitorização necessária (pressão arterial, pulso, eletrocardiograma e índice de oxigenação do sangue).

 

A cirurgia dura cerca de 90 (noventa) minutos devendo-se adicionar a este tempo o preparo e a recuperação pós-anestésica. Dependendo do caso existem detalhes que podem prolongar este tempo. Na pálpebra superior, é minuciosamente medida a quantidade de pele que deve ser removida, deixando a cicatriz final praticamente disfarçada no sulco natural da pálpebra. Tratam-se as bolsas de gordura superiores. Na pálpebra inferior, a incisão da pele é feita próxima à implantação dos cílios, sendo a pele levantada e as bolsas de gordura, quando presentes são retiradas. O excesso de pele é finalmente ressecado e a sutura (pontos) aplicada.

 

Ao final da cirurgia serão colocados tampões de soro fisiológico sobre os olhos com o objetivo de controlar o inchaço, mantendo o repouso necessário no pós-operatório. Eles serão removidos no momento da alta hospitalar.

 

ORIENTAÇÕES PÓS-OPERATÓRIA

 

Normalmente a blefaroplastia não é uma cirurgia dolorosa. Caso ocorra uma maior sensibilidade, esta será abolida com analgésicos comuns prescritos pelo seu médico. Somente use medicamentos prescritos pelo seu cirurgião ou sua equipe.As compressas úmidas em soro gelado ajudam a controlar o edema (inchaço), devendo ser usadas algumas vezes durante o dia. Os tecidos das pálpebras são muito delgados e refletem o trauma cirúrgico através de edema (inchaço) e equimoses (manchas roxas ou avermelhadas) que são abrandados com o tempo e desaparecem em torno de seis a dez dias, considerando as particularidades de cada caso. Seguem algumas orientações:

 

Na primeira noite após a cirurgia, repouse e durma com travesseiros, mantendo a cabeça elevada. A retirada dos pontos será no 8º (oitavo) dia de pós-operatório.

Durante alguns dias poderá haver maior sensibilidade à luz, lacrimejamento ou sensação de olho seco, coceira ou mesmo ardor. Recomenda-se o uso de óculos escuros por alguns dias para proteger da luz, do vento e de olhares curiosos. Recomendamos não assistir TV ou esforçar na leitura nos três primeiros dias de pós-operatório.

Comumente, as cicatrizes adquirem coloração rósea. Com o tempo vão clareando até adquirirem a tonalidade semelhante da pele e ficam praticamente escondidas nos sulcos naturais das pálpebras.

Podem aparecer pequenos nódulos abaixo da pele, durante o 1º (primeiro) mês da cirurgia. São reações cicatriciais que se dissolverão e não devem ser motivos de preocupações.

Manchas vermelhas nos olhos podem aparecer e desaparecem com o tempo. Todas estas manifestações podem ser explicadas com a seguinte frase: “O nosso organismo necessita de um tempo para esquecer as agressões cirúrgicas”.

A volta para suas atividades profissionais pode, em geral, ocorrer após o 4º (quarto) dia da cirurgia, inclusive o uso dos óculos. No entanto, as lentes de contato só serão permitidas após 7 (sete) a 10 (dez) dias.

O uso de maquiagem fica liberado na primeira semana após a cirurgia para esconder alguma equimose (mancha roxa) residual.

As atividades físicas como pequenas caminhadas são permitidas de forma branda após 10 (dez) dias e a exposição ao sol somente após 90 (noventa) dias da operação, usando bloqueadores solares.

Os resultados definitivos relacionados ao inchaço, devem ser esperados para 3 (três) meses após a cirurgia, pois temos que esperar a acomodação dos tecidos no pós-operatório. Apesar disso podemos considerar a volta às atividades habituais com 5 (cinco) a 7 (sete) dias.

Recomendamos a realização de massagens (drenagem linfática) com início no 4º (quarto) dia de pós-operatório.

O(a) paciente jamais deverá fazer compressas quentes na área operada, para melhorar o inchaço. A pele ainda estará sensível e poderá ocorrer queimadura de 3º (terceiro) grau.

 

INTERCORRÊNCIAS

 

As intercorrências podem interferir no resultado final em maior ou menor grau independente da técnica cirúrgica e da condução do tratamento das mesmas pelo cirurgião. Por exemplo: deiscência de sutura dando cicatriz ruim no futuro.

 

Intercorrências podem ocorrer nesta, como em qualquer outra cirurgia, sendo mais comuns: exposição do vermelhão, trações no canto externo dos olhos, frouxidão da borda da pálpebra inferior (criando um espaço entre a pálpebra inferior e o olho), perda parcial dos cílios.

 

EVOLUÇÃO EM LONGO PRAZO

 

O retorno às condições pré-existentes a uma blefaroplastia (pele flácida, redundante e com bolsas) leva alguns anos. A pele e demais tecidos das pálpebras continuam envelhecendo, sofrendo a ação inexorável do tempo. Mas sempre com uma defasagem de quem retornou alguns anos no tempo. Uma nova blefaroplastia poderá ser recomendada quando você começar novamente a “brigar” com o espelho. Esta nova cirurgia não é, entretanto, um retoque da primeira. É um novo procedimento que poderá ser indicado para tratar os efeitos do tempo sobre as pálpebras

 

IMPORTANTE

 

A retirada das bolsas de gordura trazem resultados excelentes em longo prazo. Porém, não raramente, nos clientes mais idosos ou em jovens com bolsas mais volumosas, pode ocorrer o reaparecimento isolado de uma dessas bolsas, particularmente a lateral das pálpebras inferiores. Não se preocupe, pois isto pode ser resolvido no momento adequado com um pequeno retoque. Retoques ocasionais representam prudência para não retirar demais e depois ter que corrigir em circunstâncias adversas.

 

Resultados definitivos somente devem ser considerados após 12 (doze) a 18 (dezoito) meses da cirurgia. As cirurgias de retoques, quando necessárias, serão aconselhadas pelo cirurgião, devendo-se respeitar o tempo necessário para a adequação dos tecidos e acomodação das cicatrizes. Quando realizadas em momento inoportuno, podem não alcançar os resultados desejados. Os retoques não significam incapacidade técnica, mas sim uma revisão cirúrgica para se alcançar resultados ainda melhores.

 

Os custos destes possíveis retoques serão cobrados somente em relação às despesas hospitalares e de anestesista. Não serão cobrados honorários da equipe cirúrgica desde que estes retoques sejam realizados no período sugerido pelo cirurgião. Para fins de honorários, será considerado retoque, todo procedimento seguinte à primeira cirurgia, num período subsequente de 12 (doze) meses. Após este período, qualquer intervenção cirúrgica será considerada como um novo procedimento, independente do primeiro, mesmo que nas mesmas áreas.

 

O código de normas e condutas do cirurgião plástico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica proíbe a exibição de fotos de pré e pós-operatório, mesmo que haja autorização do paciente. Proíbe ainda o uso de fotos de partes do corpo. A divulgação de preços e condições de pagamento em meios de comunicação, como jornal e TV é vedada.