Mamoplastia de Redução / Mastopexia

Mamoplastia de Redução / Mastopexia

(CIRURGIA PLÁSTICA DE REDUÇÃO DE MAMA E CORREÇÃO DE PTOSE)

Mastoplastia ou mamoplastia é o nome dado para as cirurgias das mamas. Alguns tipos de mastoplastia podem ser diferenciados e especificados de acordo com a finalidade da cirurgia, por exemplo:

 

Mastoplastia redutora que objetiva diminuir o volume e dar  nova  forma  às mamas;

Mastoplastia de aumento que acrescentam próteses mamárias (de silicone ou outros produtos) para projetar esteticamente ou preencher deformidades adquiridas;

Mastopexia ou cirurgia para corrigir a queda, com pequena ou nenhuma redução de volume associada;

Mastoplastia de equilíbrio na qual o objetivo é equilibrar as assimetrias muito evidentes.

 

Aqui neste informativo estaremos considerando as cirurgias redutoras e as correções de ptoses (quedas) mamárias. As mastoplastias redutoras ou mastopexias visam alcançar proporções mais harmônicas entre as mamas, o tórax e consequentemente com o conjunto corporal. Na maioria das vezes as reduções mamárias são acompanhadas da correção de algum grau de ptose e/ou assimetria existente.

 

SIMETRIA E ASSIMETRIA

 

Se através de um eixo central, partíssemos nosso corpo ao meio, teríamos duas metades iguais: lado esquerdo e lado direito. Essa igualdade harmônica está associada ao conceito de beleza. Entretanto, são inevitáveis as assimetrias corporais. Os pulmões, por exemplo, possuem tamanhos diferentes. O coração, fígado e estômago são únicos em nosso organismo, apresentam inclinações para um dos lados (direito ou esquerdo). Externamente, nota-se que algumas pessoas possuem uma orelha mais baixa que a outra, o umbigo ligeiramente inclinado, assim como as diferenças do tamanho da mama feminina. Deste modo, é preciso considerar as assimetrias no resultado da cirurgia estética. O médico busca corrigir essas diferenças, contudo, ainda que sejam amenizadas as mesmas permanecerão, pois fazem parte das características corporais de cada individuo.

 

É extremamente importante ressaltar que as assimetrias mamárias são muito frequentes, podendo ser decorrentes do formato assimétrico das mamas ou do tórax (em geral alterações congênitas). Assim, podemos dizer que a simetria das mamas nem sempre pode ser alcançada pela cirurgia, apesar de termos este objetivo. Se a própria natureza não as deixou idênticas, pode-se imaginar que este objetivo não é tão simples de ser alcançado.

 

 

 

CICATRIZES


As cirurgias de redução ou pexia das mamas sempre deixam cicatrizes, cuja forma, tamanho e posição variam de acordo com a técnica empregada, o volume e os excessos de pele e tecido mamário, a qualidade da pele etc. Costuma-se dizer que “as mamas terão as cicatrizes que merecem” em função das suas condições antes da cirurgia. Cada técnica tem sua indicação apropriada e pode estar certo (a) de que para alcançar forma e tamanho desejado lhe será indicada a técnica que deixará as melhores e menores cicatrizes possíveis para o seu caso específico.

 

Atualmente as técnicas mais comuns deixam as cicatrizes mamárias em forma de “L”, “T” invertido, e ou ao redor da aréola, que vão adquirir com o tempo, o aspecto de uma linha de tonalidade semelhante à da pele e localizadas em áreas que possam, na maioria das vezes, ser encobertas pelas vestes de banho. Menos frequente, pode ocorrer o inverso e as cicatrizes sofrerem um alargamento, ou tornarem-se grossas, altas e duras, formando quelóides. Estes estão relacionados à qualidade da pele e não ao modo como foi realizada a cirurgia. Se ocorrerem, seu médico lhe dará toda a orientação de tratamento adequado, indicando, quando pertinente, uma cirurgia oportuna para o retoque.

 

FUNÇÕES DAS MAMAS

 

Tanto a redução quanto o aumento das mamas preservam todas as suas funções. Lactação e sensibilidade geralmente são mantidas dependendo da técnica utilizada e desde que estas condições já existam antes da cirurgia. Estudos mundialmente divulgados referem até cerca de 18% (dezoito por cento) de problemas de amamentação em pacientes que nunca operaram suas mamas. Assim esta dificuldade no aleitamento poderá não estar associada à cirurgia. Logo após a operação pode haver uma diminuição da sensibilidade que aos poucos irá retornando ao normal. Obviamente que nos casos de ablação da glândula mamária para tratamento de uma doença benigna ou maligna ou ainda nas grandes ressecções (chamadas gigantomastias) estas funções podem estar comprometidas; ou, dependendo de algumas pacientes, mesmo mamas pequenas ou médias podem perder parte da sensibilidade.

 

QUANDO OPERAR

 

As mastoplastias estéticas podem ser realizadas a partir do completo desenvolvimento das mamas. Isto tem ocorrido mais precocemente nas últimas décadas devido às mudanças impostas pelas alterações dos hábitos de vida como o uso frequente de hormônios femininos e o início da atividade sexual, dentre outros fatores. Assim, a partir dos 14 (catorze) a 15 (quinze) anos já é possível operar as adolescentes com desenvolvimento completo das mamas, atendendo suas necessidades estéticas (geralmente 2 (dois) a 3 (três) anos após a 1ª (primeira) menstruação). Ao considerarmos o período de lactação, recomendamos aguardar pelo menos 6 (seis) meses após interrompê-lo para programar sua cirurgia.

 

CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS

 

Após conversar com seu médico e esclarecer todas as suas dúvidas, ele lhe indicará alguns exames de rotina que recomendamos sejam feitos cerca de 30 (trinta) dias antes da cirurgia. Também uma avaliação clínico-cardiológica (risco cirúrgico) será recomendada. Em casos determinados podemos solicitar a mamografia, ultrassom ou outro exame específico que possa ajudar no esclarecimento diagnóstico. Lembre-se das recomendações gerais para as cirurgias, como:

 

▪ Não usar, por 2 (duas) semanas antes, medicamentos à base de AAS, anticoagulantes, corticóides de uso prolongado ou medicamentos para emagrecer.

Abstinência do fumo por 30 (trinta) dias antes da operação;

▪ Não usar cremes corporais a partir da véspera da cirurgia;

▪ Não depilar ou raspar os pelos das axilas;

Jejum de acordo com a recomendação médica (08 (oito) horas antes da cirurgia);

Comunicar ao seu médico qualquer anormalidade ou uso recente de medicamentos, alergias medicamentosas ou alimentares;

Guardar em casa objetos pessoais como jóias e bijuterias e alguma outra recomendação que venha a ser pertinente.

Acordar de jejum no dia da cirurgia, tomar banho completo e chegar ao Hospital 1 (uma) hora antes da cirurgia com acompanhante.

 

FUMO

 

Já referimos a real necessidade de suspender o hábito de fumar pelo menos 30 (trinta) dias antes da operação. É sabido que o fumo prejudica a circulação cutânea e dificulta a cicatrização, levando até mesmo a necrose (morte) de pele. Em casos de necessidade associa-se vitamina C e vasodilatadores antes da cirurgia. Isto será orientado pelo seu médico.

 

A CIRURGIA

 

A cirurgia pode ser realizada ambulatorialmente, ou seja, podendo ter alta hospitalar no mesmo dia da operação. O ato dura cerca de 2 (duas) horas e, em geral, é realizado sob anestesia local com sedação. Pode ser usada outra anestesia como a geral, dependendo da avaliação do caso pela equipe cirúrgico-anestésica. Tudo isto será conversado com você antes da cirurgia, ponderando-se todos os aspectos. Lembre-se que o tempo total de permanência no bloco cirúrgico é maior que o tempo real da cirurgia, pois o preparo e a recuperação pós-operatória contribuem para este aumento.

 

As mamas são incisadas de acordo com a programação prévia, removendo e /ou reposicionando os tecidos mamários. São dados pontos de sustentação e modelagem das mamas após um rigoroso controle da hemostasia (cauterização de pontos sangrantes). Faz-se o fechamento por planos dos tecidos com diversos pontos que serão removidos nos retornos do (a) paciente no consultório.

O curativo é feito de forma a ajudar na modelagem das mamas devendo ser sobreposto por um soutien adequado (sem rendas ou aros, de forma a moldar toda a mama e justo ao tórax, sem, porém estar apertado). Somente autorizamos a retirada do soutien para o banho.

 

Toda e qualquer anormalidade encontrada durante a cirurgia como cistos ou nódulos serão encaminhados para exame específico, assim como também serão examinadas as peças cirúrgicas removidas nas cirurgias redutoras ou modeladoras. Os custos destes exames são de responsabilidade do (a) cliente, devendo ser acertados diretamente no hospital ou laboratório responsável pela execução dos mesmos.

 

ORIENTAÇÕES PÓS-OPERATÓRIA

 

Normalmente esta cirurgia não apresenta um pós-operatório doloroso. Mesmo assim se apresentar algum grau aumentado de sensibilidade dolorosa, os usos de analgésicos comuns resolvem bem e serão recomendados em sua prescrição de pós-operatório. Somente use medicamentos recomendados pelo seu médico, seguindo todas as orientações dadas pela equipe cirúrgica. É melhor que você esclareça suas dúvidas com quem o (a) operou ao invés de pedir orientações a amigos que não conhecem detalhadamente o seu caso, ou outros profissionais médicos que não praticam esta cirurgia. Provavelmente você estará se sentindo tão bem, a ponto de esquecer que foi operada recentemente. Cuidado! A euforia poderá levá-la a um esforço inoportuno, o que determinará certos transtornos.

 

O paciente poderá permanecer internado por mais de 24 (vinte e quatro) horas dependendo da evolução da cirurgia. Nesta cirurgia o período de recuperação é maior. O paciente inicia o retorno parcial à suas atividades em uma semana. O (a) paciente receberá alta hospitalar, no dia seguinte, com todas as recomendações necessárias a uma boa recuperação:

 

Repouso de atividades físicas e limitação de movimentos bruscos e amplos dos braços;

Deitar com o tronco elevado por almofadas e travesseiros. Não deitar de lado ou de bruços até que seja autorizado pelo seu cirurgião;

Movimentação dos membros inferiores e pequenas caminhadas são muito importantes para a prevenção de tromboses e embolias;

Banhos ou trocas do soutien somente com a autorização da equipe cirúrgica ou sob sua orientação, geralmente no 1º (primeiro) dia após cirurgia;

Não trocar ou manipular os curativos, mesmo que haja um pequeno sangramento (que é normal e não deve assustá-lo (a)). Todas as trocas de curativos deverão ser feitas pela equipe cirúrgica ou orientadas por ela;

Os retornos para a retirada de pontos e avaliação pós-operatória são feitos com: 7 (sete) dias da cirurgia. Retornos adicionais serão comunicados pelo cirurgião e devem ser seguidos para uma completa recuperação e avaliação dos resultados.

O soutien deverá ser usado por um período mínimo de 30 (trinta) dias, durante todo o dia, inclusive para dormir, mas as particularidades de cada caso serão avaliadas e este período poderá ser até mesmo prolongado. Seu médico lhe dará todas as orientações

Não dirigir por um período mínimo de 3 (três) semanas;

Não carregar peso por no mínimo 3 (três) semanas;

Não fazer movimentos amplos e bruscos com os braços por cerca de 10 (dez) dias;

Após 3 (três) meses poderá retornar a suas atividades físicas habituais como ginástica e natação;

Exposição ao sol com o intuito de bronzear somente será permitida após 90 (noventa) dias. Até aí, pequenas caminhadas sob o sol poderão ser feitas com o uso de bloqueadores solares;

Vida sexual, com moderação estará liberada após 8 (oito) dias da cirurgia;

Recomendamos a realização de massagens (drenagem linfática) com início no 4º (quarto) dia de pós-operatório;

▪ O(a) paciente jamais deverá fazer compressas quentes na área operada, para melhorar o inchaço. A pele ainda estará sensível e poderá ocorrer queimadura de 3º grau.

 

INTERCORRÊNCIAS

 

As intercorrências são situações que surgem no período pós-operatório e não interferem no resultado. São exemplos: equimoses (manchas roxas na pele), edema (inchaço), pequenos hematomas que podem drenar espontaneamente ou necessitar drenagem cirúrgica, eliminação de pontos internos (por volta de 3 (três) semanas), deiscência de pontos (abertura do corte), alterações transitórias da sensibilidade etc.

 

Outras intercorrências indesejáveis e mais complexas, que felizmente são raras: infecção, grande deiscência (abertura) de pontos, necrose (morte) parcial ou total da pele das aréolas, grandes hematomas que precisam ser drenados, necrose da gordura no local dos pontos internos, e as intercorrências pertinentes a qualquer procedimento cirúrgico.

 

Pode ocorrer algum comprometimento do aleitamento materno após esta cirurgia, mas existem vários recursos para ajudá-la nestas situações. Também nos casos de gravidez posterior pode ocorrer alteração da forma e elasticidade da pele até mesmo com formação de estrias e pigmentação das aréolas e das cicatrizes. Nestas eventualidades é fundamental manter a calma e conversar profundamente com seu médico que cuidará atentamente do seu caso. A paciente não deve transmitir a existência destas intercorrências a seus amigos e familiares. Eles poderão deixá-la insegura, nada podendo fazer efetivamente para ajudá-la. Isto gera angústia dúvidas e insegurança. Continuar confiando no seu médico ainda é o melhor caminho e ele saberá como lhe ajudar, pois só ele sabe realmente como foi realizada a sua cirurgia.

 

Prezadas pacientes que irão se submeter a CIRURGIAS MAMARIAS, REDUÇÃO, ELEVAÇÃO OU MESMO APENAS A COLOCAÇÃO DE PROTESES.

Umas das intercorrências que podem acontecer é o corte abrir ou acontecer alguma interferência que exponha a prótese em relação ao meio ambiente. Se a prótese aparecer é sinal absoluto de retirada da prótese e nós drenamos o lugar com dreninho pequeno que fica em torno de 48 horas e depois fechamos esse corte e podemos voltar a colocar a prótese no lugar somente de 8 a 10 meses depois; isso precisa ficar claro que por mais que a técnica cirúrgica seja adequada que tenhamos todo o cuidado que já temos durante a cirurgia e são reações que dependem única e exclusivamente do seu corpo e não dos nossos cuidados e nem da sua observação rigorosa das orientações pós operatórias.

Então que fique claro, pois é um acontecimento não muito comum, mas também não é impossível de acontecer.

 

 

 

Prezadas pacientes que irão se submeter à MAMOPLASTIA REDUTORA BILATERAL ou então ELEVAÇÃO DAS MAMAS BILATERALMENTE,

Umas das intercorrências que podem acontecer, e não é uma intercorrência tão simples e também não é tão difícil de acontecer é ocorrer um sofrimento por falta de sangue no complexo aréolo papilar, ou seja, na aréola e no mamilo.

Essa falta de sangue decorrente próprio da técnica cirúrgica ela pode levar a necrose, a morte do mamilo e é uma intercorrência que não é rara porem não e tão frequente e o tratamento é esperar definir a área da pele que morreu, tratarmos e depois reconstruirmos com pigmentação.

Portanto que fique claro que é uma intercorrência que existe e pode acontecer.

 

EVOLUÇÃO EM LONGO PRAZO

 

A mastoplastia redutora e a mastopexia não são cirurgias para o resto da vida. A qualidade dos resultados sofre alterações contínuas ao longo dos anos. Alguns fatores como idade, variação do peso corporal, qualidade e textura da pele, influências hormonais, gravidez, lactação, substituição adiposa das glândulas mamárias etc., interferem de forma incisiva nas mamas, independentemente de terem ou não sido operadas. Assim, nova cirurgia poderá ser indicada quando, com o passar do tempo, estas alterações se apresentarem, alterando o formato e/ou volume mamários. Esta nova cirurgia não é, entretanto, um retoque da primeira. É um novo procedimento que poderá ser indicado para tratar os efeitos do tempo sobre as mamas.

 

IMPORTANTE

 

Resultados definitivos somente devem ser considerados após 12 (doze) a 18 (dezoito) meses da cirurgia. As cirurgias de retoques, quando necessárias, serão aconselhadas pelo cirurgião, devendo-se respeitar o tempo necessário para a adequação dos tecidos e acomodação das cicatrizes. Quando realizadas em momento inoportuno, podem não alcançar os resultados desejados. Os retoques não significam incapacidade técnica, mas sim uma revisão cirúrgica para se alcançar resultados ainda melhores.

 

Os custos destes possíveis retoques serão cobrados somente em relação às despesas hospitalares e de anestesista. Não serão cobrados honorários da equipe cirúrgica desde que estes retoques sejam realizados no período sugerido pelo cirurgião. Para fins de honorários, será considerado retoque, todo procedimento indicado pelo seu cirurgião, seguinte à primeira cirurgia, até um período subsequente de 12 (doze) meses. Após este período, qualquer intervenção cirúrgica será considerada como um novo procedimento, independente do primeiro, mesmo que nas mesmas áreas.

 

O código de normas e condutas do cirurgião plástico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica proíbe a exibição de fotos de pré e pós-operatório, mesmo que haja autorização do paciente. Proíbe ainda o uso de fotos de partes do corpo. A divulgação de preços e condições de pagamento em meios de comunicação, como jornal e TV é vedada.